O número de pessoas que faleceram em suas residências aumentou em 31%
O Brasil registrou, no primeiro trimestre de 2020, um aumento de 9,7% no número de óbitos se comparado ao mesmo período do ano passado, o que chama atenção é que o número de mortes por acidente reduziu, mas o de falecimento em residência aumentou em 31%.
Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil. De acordo com Arion Toledo Cavalheiro Júnior, presidente da Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), esse aumento ocorreu por conta da pandemia do novo coronavírus.
“O aumento acontece todos os anos, em virtude até do aumento da população, mas, neste ano, o número de óbitos se ampliou”, declarou Arions Toledo, na segunda-feira (10), durante o 2º Encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 no Poder Judiciário, promovido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
De acordo com o presidente da Arpen-Brasil, entre 1° de janeiro e 30 de junho de 2019, os cartórios brasileiros oficializaram 608.265 óbitos. No mesmo período de 2020, foram registrados 667.258 falecimentos.
A grande diferença está na causa, de acordo com Arion Toledo, ao mesmo tempo que foi possível observar uma queda nas mortes causadas por acidentes, devido à redução das viagens e da circulação de pessoas, foi registrado um crescimento de 31% nos falecimentos em residência.
Arion diz que a pandemia do novo coronavírus e a grande responsável por esses números, “isso se explica pelo medo da Covid-19, que faz com que as pessoas fiquem em casa e evitem buscar cuidados hospitalares”, afirmou.
O presidente da Arpen-Brasil informou que o Portal da Transparência do Registro Civil é um dos maiores bancos de dados de registros civis do mundo, com mais de 174 milhões de registros de todos os nascimentos, casamentos e óbitos dos 7.669 cartórios de registros civil do país.
Fonte: Mídia Max